Depressão em ambiente religioso
- Letícia Souza
- 16 de dez. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de jan. de 2024
A depressão é uma doença mental que impacta o funcionamento normal do cérebro. Não é simplesmente uma questão de "pensar positivo" ou "superar". Envolve desequilíbrios químicos no cérebro, afetando a forma como uma pessoa pensa, sente e lida com atividades diárias. É muito mais do que uma tristeza passageira; é uma condição complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Os sintomas da depressão variam, mas frequentemente incluem uma persistente sensação de tristeza, perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, alterações no apetite e sono, fadiga constante e dificuldade de concentração.
Importante destacar que a depressão não faz distinção de idade, sexo, classe social ou crença religiosa. Pode afetar qualquer um, em qualquer fase da vida. É uma batalha interna que muitas vezes passa despercebida, pois as feridas são invisíveis e não escolhe crenças espirituais, nível social ou qualquer outra característica.
Já vi e ouvi muito em espaços religiosos olhares de julgamento quando alguém relata que está com depressão. Isso porque carregamos o preconceito de que se esses sintomas aparecem é porque nos afastamos de Deus. Esse pensamento faz com que as pessoas que estão passando por esse deserto emocional se sintam ainda menos compreendidas. Além de mostrar como a ignorância ainda paira sobre muitos locais de busca espiritual.
Ter uma vida com Deus é a nossa fortaleza para enfrentar qualquer desafio, isso é um fato. Seja ele, uma doença física, como um braço quebrado, ou mental como a depressão. No entanto, em ambos os exemplos citados, o ato de buscar ajuda profissional jamais deve ser negligenciado. É preciso estarmos atentos e levantarmos a mão quando precisarmos de ajuda.
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando essa batalha, saiba que não está sozinho. Nosso espaço está de braços abertos para receber todos aqueles que estejam passando por momentos difíceis, sem fecharmos os olhos para a gravidade da doença e a necessidade de tratamento médico.
Juntos, podemos quebrar o tabu em torno da depressão e criar um espaço mais compassivo para todos.
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